Por Walter Santos
Portal WSCOM
Heraldo Nóbrega: lá se vai um Gentleman, educado e tragado pela síndrome que afeta o mundo
Poucos devem saber, mas o jornalista Heraldo Nóbrega passou parte de seu tempo inicial do jornalismo editando a página policial do então líder Jornal O Norte, ao lado de Luiz Conserva, depois de abandonar a medicina trocando-a pelo jornalismo, onde o fez fazer fama pela postura educada e zelosa com o vernáculo.
Puxo esta questão do enfoque policial porque cada vez mais este segmento espetaculariza a dor nas Rádios, TVs e redes sociais transformando o trágico em produto de um consumo qualquer, que só faz a sociedade global adoecer, como Heraldo Nóbrega acabou sendo vítima.
UMA CONVERSA ESPETACULAR
É difícil, para quem conheceu Heraldo nos longos papos, muitos deles engraçados, contados por ele com humor refinado, admitir que dentro daquele homem educado e bom, ele próprio conduzia um transtorno mental incurável, como se deu no seu caso, movido pelos muitos fatores que só Freud explica.
Heraldo sempre foi, até chegar a depressão braba e tirá-lo do eixo, um cidadão humorado, zeloso com suas coisas normais de sobrevivência profissional, as amizades, só que não soube sair da perversa doença psíquica que afeta milhões no mundo.
E esta é uma realidade preocupante porque afeta mais gente certamente em João Pessoa e alhures, daí a importância da Sociedade, em especial a família, cuidar mais e melhor das relações dos seus porque o mundo da modernidade também está doente.
A IMAGEM QUE FICA
Conheço Heraldo dos tempos de O Norte, onde em fases diferentes fomos Chefes de Redação, onde sempre pontificou seu irmão e editor Evandro Nóbrega.
São anos e mais anos sempre o tendo, vendo, convivendo com uma pessoa boa, educada, desprovido de maldades e que viveu para cuidar de sua sobrevivência de forma digna, portanto, decente. Vou ficar com sua fase bem humorada e alegre, que um dia ele soube nutrir. Grande Heraldo Nóbrega.
