O advogado de defesa do Padre Egídio de Carvalho, Sheyner Asfora, negou as especulações de que o ex-diretor do Hospital Padre Zé, preso por supostamente chefiar um esquema de desvio de recursos da instituição de saúde, esteja dividindo a cela com outra pessoa para evitar que religioso cometa suicídio. De acordo com o defensor, são apenas especulações, sem qualquer intenção do sacerdote neste sentido.
“Ele encontra-se detido em uma cela especial, mas não tem qualquer situação de intenção de atentar contra a vida. Está encarcerado e a disposição para tão logo poder prestar os seus esclarecimentos”, declarou o advogado em entrevista a rádio Correio 98 FM nesta segunda-feira (20).
Padre Egídio passou o fim de semana detido na Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo, na zona sul de João Pessoa. O sacerdote está em prisão especial, e até agora se manteve em silencio, sem prestar informações a policia em seus depoimentos. Segundo Sheyner Asfóra, “ele irá se pronunciar oportunamente e irá explicar e dar a sua versão”.
Sobre a possibilidade delação premiada por parte do religioso para revelar os possíveis nomes de outros envolvidos ou informações sobre o esquema de desvios, o advogado garantiu que até agora não existe nenhum acordo fechado com a Justiça.
“Não foi tratado com ele em nenhum momento. Eu nunca tratei com ele a respeito de uma possível delação premiada, nem externou nesse sentido a mim qualquer tipo de intenção de fazer essa colaboração”, assegurou Asfóra.
De acordo com a investigação, o religioso participou de um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões.
Também foram presas Jannyne Dantas, diretora administrativa do hospital e Amanda Duarte, supervisora da tesouraria do Instituto. Por ter um filho de quatro meses, em amamentação exclusiva, Amanda cumpre prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Já Jannyne ficará Presídio Júlia Maranhão.