{arquivo}Faltando duas semanas para a votação que apresentará os dois (ou duas) candidatos (as) que estarão no segundo turno da eleição para Reitoria da UFPB já é possível identificar que, apesar de todos os barulhos entre cinco candidatos a disputa está mais acentuada entre as candidatas Lúcia Guerra e Margareth Diniz. A terceira colocação é do professor Luiz Renato. Há quem preveja resultado final já no primeiro turno, mas vamos aguardar.
A campanha se afunila sem construir o debate que se imaginava, muito além do que é ser Situação ou Oposição. É fundamental o compromisso de discursar para a comunidade universitária (professores, estudantes e funcionários), mas a missão da Universidade não se esgota aí, neste flanco marcado pela cerca de arame simbolizada no Campus I, porque a sociedade exige uma contribuição maior da instituição. Nosso futuro não abdica desta condicionante contribuitiva, entretanto, o debate pouco trouxe algo de novo nesta esfera.
Pela primeira vez, um governador de Estado ardilosamente se fez presente nos bastidores da campanha, através de articulação direta ou indireta com secretários/assessores, a exemplo dos professores Cida Ramos, Lucio Flávio e Ariane Sá estimulando aliados seus de Governo a fomentar a candidatura de Margareth Diniz. A assessoria opinativa ligada à diretora do CCS se irrita diante desta exposição/constatação, mas é insofismável. Se for invenção, que a candidata diga aos quatro cantos: não quero nem aceito interferência do governador em nossa disputa! Vou ficar aguardando a declaração e ela não terá coragem de assim fazê-lo.
RC fez mais: construiu silenciosamente uma alternativa com Luiz Renato e seu vice, Ricardo Lucena, ambos desde o início de Governo com familiares em cargos – chave. Tudo bem que, neste último caso, há quem, no PSDB apóie-o por outros valores, que não só da disputa acadêmica.
Isto não desmerece o valor que Margareth e Luiz Renato de fato têm, mas é impossível desvincular nos bastidores o “apoiamento” socialista. Tanto que, em caso de segundo turno, os dois vão estar juntos. Na prática, RC sabe da importância da comunidade universitária – embora em queda de prestigio – o que a maioria da classe política ignora e por isso perde reciprocidade.
Depois de muito “disse-me-disse” e acusações insensatas, improcedentes contra uma tal crise na UFPB, algo que é desmentido por quem acompanha o meio universitário e a instituição, dir-se-á com toda segurança que o derrotismo e o discurso vazio não emplacaram na atual disputa.
Os cinco candidatos têm DNAs conhecidos: Lúcia Guerra com sua condição de Pró-Reitora de Assuntos Comunitários apoiada pelo significado da gestão Rômulo Polari, Margareth Diniz atraindo sua liderança a partir do CCS, Luiz Renato com dimensão maior nos funcionários do que no CT, seu centro de ação docente; Otávio Mendonça liderando no Centro de Educação (e só) e o José Rodrigues, da área de administração hospitalar, cumprindo o papel que na disputa externa à UFPB lembra o PSOL e PSTU.
Em síntese, a disputa chega à reta final projetando a possibilidade de segundo turno entre Lúcia e Margareth. Nos professores há mais centros com predominância lucista, outros com a Oposição margaretista; nos estudantes, se número de CAs envolvidos numa campanha for fator de medição a projeção é lucista, e nos servidores Luiz Renato aparece bem, só que com crescimento nos últimos dias pró situação depois da retomada do horário corrido de 6 horas.
Sem tirar nem por é esta a realidade da sucessão na UFPB, que fica devendo um debate expansivo na direção do futuro da Paraíba, ou seja, de como a Universidade dará uma contribuição mais efetiva.
Domingo azul
Para ser mais sincero: o azul não foi do céu nem do tempo chuvoso. Havia no Altiplano, numa das casas de recepção, a tonalidade em torno da feijoada promovida pela candidatura Lúcia/Creão para brindar o compromisso de tantos representantes das diversas comunidades e, ainda, buscar apoio na reta final.
O semblante dos candidatos e dos apoiadores era de serenidade subindo na direção da luta e da conquista. Não havia cara nem palavra feia.
Um sinal, aliás forte sinal.
A partida do Padre Trigueiro
Até os anos 80, as Missas da Igreja de Lourdes no Centro de João Pessoa tiveram na pessoa do Padre José Trigueiro do Vale a grande referência como condutor da liturgia da Igreja Católica.
Fala mansa, passos de Pastor, transformou a Igreja em sua casa mais amada.
Depois dela, creio que foi o IPE – hoje UNIPE – quem mais atraiu Padre Trigueiro para sua dedicação dioturna. Não foi à toa que foi seu primeiro Reitor, ainda lá no Mosteiro de São Bento, onde tudo começou por obra e empreendedorismo de 6 homens – todos com fé e vínculo com a religiosidade.
Deste ambiente jamais se afastou, como também a servidão para com os mais pobres, os mais necessitados.
Neste domingo de chuva fina e sol à tarde, Padre Trigueiro se despediu dos familiares e amigos. Nesta segunda-feira terá seu sepultamento ali mesmo na Igreja de Lourdes levando consigo a lição de que é possivel ascender com ética e zelo ao próximo.
Na Cultura, o grito represado
Dezenas de artistas, Cults e até algumas lideranças políticas se fizeram presentes no aniversário de Lis Albuquerque neste domingo na praça do Bessa, próxima do Sol e Brasa, para uma cumplicidade de gênero e afinidades culturais expressivas.
A maioria significada em Fuba já emprestou seu sonho e encanto ao apoiamento ao atual governador, que não foi nem pode ir para um lugar que já não é mais amado como antes. Tinham espiões, somente e só.
As falas nas diversas mesas reproduziam o mesmo tom: a vontade de verem retomada a energia em favor da Cultura com ações efetivas, como tanto foi prometido, e sumiu nos gabinetes e intenções.
A Cultura se reenergiza para reconstruir uma utopia agora movida a cuidados para não ser novamente usurpada.
Em tempo: José Maranhão e Luciano Cartaxo estiveram na festa.
Respeito como premissa
Antes que esqueça, acompanhei a tentativa de se criar uma onda contra a contratação de programa de danças da professora Doutora Elisa Gonçalves, ex-secretária de Educação.
Os dados disponiveis, não acrescidos ao processo mas agora feito, mostram com clareza a conduta e prestação de serviços da docente.
Minha gente, vamos aprender a respeitar mais as pessoas.
ÚLTIMA
"O nome/ a obra imortaliza…"