O senador José Maranhão reproduziu nesta quinta-feira seu veredicto final: embora todos os fatos e interpretações provem que inexistem crimes de responsabilidade da Presidenta Dilma Rousseff no processo de Impeachment, ele se mantém inabalável a favor do afastamento.
Só quem não conhece o passado do senador pode achá-lo coerente com uma das fases mais delicadas de sua história contemporânea para ele, da forma posta, rasgando todo seu passado de lutas pelas liberdades, democracia e o Estado de Direito.
MANTENDO-SE NA CONTRAMÃO
Maranhão aos 85 anos de vida ao que parece desaprendeu tantas dificuldades que viveu por ter sido Cassado, perseguido e então aniquilado como lider politico. Filho de fazendeiro rico à época foi quase aniquilado por ser do PTB trabalhista arriscando-se a todos os impropérios em nome da liberdade e dos direitos constituidos.
De 1994 para cá, não fosse Antonio Mariz ao lhe escolher parceiro de Chapa, jamais ele estaria onde está hoje.
Em tempo, o senador precisa se advertir de um gesto simples da Viuva Mabel Mariz, que resolveu deixar o PMDB por Maranhão direcionar o partido a ser pelo Impeachment. Outros lideres também tomaram o mesmo caminho.
É como se o senador estivesse se preparando para conviver com Cássio, seu eterno inimigo, deixando de lado a historia de coerencia.
Ao manter na fase atual a postura a favor do Impeachment, o digno Senador faz todos os grandes lideres do PMDB pularem do túmulo, a exemplo de Ulisses Guimarães, Antonio Mariz, Humberto Lucena, que sempre se posicionaram contra o Golpe, contra o jogo sujo de setores do Congresso Nacional.
FATO CONCRETO E FUTURO
Ao agir desta forma, o senador opta pela posição e orientação de setores da classe média da Paraiba desacostumados de ver a ascensão dos menos apotentados. Aliás, vai mais longe ao ignorar que no Direito em curso não existe nenhum Crime de Responsabilidade contra a presidenta, portanto, adere ao Golpe do qual ele sempre contestou.
Ele, então, reabrigou o que abominava e o faz menor no processo Historico da democracia.
VALOR PEQUENO
Mais do que seguir a orientação do presidente Michel Temer e de seu aliado Eduardo Cunha, que delustra a sua historia democrática, Maranhão parece tomado pela carga emocional do troco que ele oferece a Dilma por ela não ter lhe garantido o ministeriod a Integração nacional – embora tenha oferecido o Ministerio do Turismo, BNB e Embratur, algo que o faz menor.
EM SINTESE
O senador José Maranhão, lider e honrado, precisa rever tamanho retrocesso enquanto há tempo.
Sem querer está rasgando a digna historia anterior.