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{arquivo}FORTALEZA – Quando menos se esperava, eis que o artista plástico, autor de livros e intelectual Flávio Tavares tomou uma decisão inesperada nesta sexta-feira, mas movida à consciência de dar contribuição expressiva à Academia Paraibana de letras: vai ser candidato à vaga deixada pelo poeta Ronaldo Cunha Lima.
A atitude dele, alias, já repercutiu positivamente na família do acadêmico falecido, a partir da Senhora Gloria Cunha Lima.
Ele mesmo, em contato conosco, comentou: " Nunca tive, nem tenho, abrigo para questões de culto à pessoa, por isso resisti enquanto pude às manifestações de vários amigos academicos que criaram este clima de persuasão, entretanto, fui convencido de que posso dar uma grande contribuição à Academia como agente cultural ativo e assim estou assumindo a condição de candidato – afirmou.
Para Flávio, a inclusão de um nome das artes plásticas na academia assegura a representatividade ampliada das artes num universo cercado de representantes da cultura paraibana.
– Estou movido ao sentimento de contribuir maximamente com as artes e a Academia dentro de sua missão muito especial da cultura paraibana" , acrescentou.
Ora, a nossa opinião, mesmo sem conhecer as pretensões legitimas de outros, é de considerar muito importante a eleição de Flávio Tavares ate porque, desde quando concebida sem pecados, a academia inteligentemente assegurou que houvesse representação que nao só, exclusivamente, de literatos – da escrita.
Como tudo tem uma hora çerta ou devida, agora sao os acadêmicos que precisam compreender esta adequação de linguagens para fortalecer a academia.
Se fosse acadêmico – posto que sou a figura da cobra fora d’água – certamente eu daria a Flávio Tavares o voto singelo de quem o considera mais falante através das pinturas, desenhos, ilustrações do que eu, que falo num sei quantas palavras para dizer o que ele diz com um traços.
A hora é também do artista – iluminista ou iluminado, neste caso tanto faz.
