Quando eu o conheci, no finalzinho dos anos 60, ele ainda não era o poeta das palavras navegáveis nem o autor de histórias flutuantes. Era um rapaz de apelido impróprio, que afugentava as moças pelos corredores do Liceu. Eu estudava no de Tambiá, mas fazia ponto naqueles bancos da Duarte da Silveira, sob a sombra dos Ipês, de onde também fugia daquele moço de pele tão branca, parecia até que nem gostava do mar… e do seu olhar de quem desejava todas as moças, pelo menos as de farda do Liceu.