Quinta-feira chuvosa em muitas partes do Nordeste, especialmente em João Pessoa onde desfrutamos do clima de Semana Santa e o noticiário político se faz um tanto desaquecido por força desse mesmo clima religioso a arrefecer os ânimos dos mais exaltados.
Mesmo assim, chega-me à memória um fato registrado na Midia desde ontem no WSCOM Online reverenciando com foto audiência da ex-deputada federal Lúcia Braga com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bacana, é a maior da simbologia para ela que tanto quis o PT, mesmo quando seu marido surfava em outras ondas.
Não há nada de excepcional, posto que ela tem história para se encontrar com o presidente no Palácio do Planalto, entretanto, me desperta um olhar curioso que revela na intenção da líder feminina um aspecto muito presente da vida dela e de Wilson Braga sinônimo que, sem querer ofender, chama-se intromissão indébita.
Explico melhor: a rigor, politicamente, a audiência foi ofertada ao deputado Wilson Braga por sua história e atuação política ao longo dos últimos 40 anos, agora no PMDB quem diria! recebido por quem tanto criou azedumes na vida do ex-governador, no caso o líder maior do PT.
Este é o fato mais relevante, mas Dona Lúcia mais uma vez não deixou que a superação das crises e ofensas políticas entre Braga e o PT ou vice-versa lá atrás se impusesse como fato importante extraordinária.
Ávida pela exposição pública, mesmo que sem má intenção, ela não se apercebeu que ofuscou uma oportunidade especial na vida contemporânea de Wilson Braga porque a foto e a publicizaçao de tudo deveria constar da presença de seu marido/companheiro, até porque, sem demérito à sua importância, o Planalto credenciou primeiramente o líder político.
É este viés, esta linha solta do novelo, que acompanha a história de Lúcia sempre gerando (até sem querer, acredito ) atropelos na trajetória de Braga, como em inúmeros episódios do passado.
Pelo sim, pelo não é preciso que a história sirva de lição para o tempo futuro possível, pois do contrário, é descompasso sempre.
