Heróis da Resistência

Para Cida Lobo, Raglan Gondim, Fernando Milanez, Alberto Teixeira e Luca Sales

Há anos que cidadãos voluntários – empresários, executivos, profissionais liberais, gente do povo mesmo – se dedicam à resistência de povoar econômica e socialmente a área mais importante da Paraíba em termos de memória, que é o Centro Histórico de João Pessoa, ambiente onde tudo se fez para inicio de nossas vidas.

São esses cidadãos, nem todos anônimos, que se somam às lutas reconhecidas do Iphan, Iphaep, Comissão do Centro Histórico, Oficina Escola, Achervo, Instituto dos Arquitetos do Brasil (seccional Paraíba), Igreja Católica, etc, para fazer existir uma consciência preservacionista – ainda inexistente no nível desejado – que assegurem vida ativa e zelo maior por parte da própria sociedade.

Por vários motivos vibrei com o sentimento de felicidade do prefeito Ricardo Coutinho ao atestar a consolidação pelo IPHAN de todo o Centro Histórico como Patrimônio Nacional.

Claro que o titulo merece mais do que comemoração. Merece aprofundamento no compromisso de todos para chegarmos ao estágio mais adiante, que é o de Patrimônio da Humanidade, a exemplo do que já ocorreu com Olinda, São Luiz, Ouro Preto, etc.

É fácil? – claro que não, mas é possível sim desde que todos se unam em torno de uma macro ação inter-contectada com todos operando nessa direção. Basta começar sem conflitos entre as instâncias de poder, a partir dos Governos do Estado e da Capital, além da harmonia entre todas as demais entidades públicas e privadas numa só direção.

Aliás, antes que esqueça, a Prefeitura precisa gerar com as entidades envolvidas no Centro Histórico, especialmente a partir da Achervo – por ser o braço da sociedade organizada no contexto – visando construir formas de maior estímulos para que outros empreendedores, a exemplo da WSCOM, Cartório Toscano de Brito, Cartório Milanez, HCR, Agência 9Idéia Restaurante Manjericão, Gabinete Cultural de Fuba, Waldir Autopeças, Casa Teixeira, etc, atraiam novas formas de manutenção dos negócios por lá.

Lembro, na condição de primeiro articulador do Fórum que gerou a criação da Achervo – daí termos sido o primeiro dirigente da entidade, do quanto tem sido difícil para a manutenção dos serviços básicos na área, a exemplo de segurança, limpeza urbana, iluminação adequada, postos de turismo, etc, por isso o compromisso primeiro de Ricardo Coutinho, como prefeito da cidade, e do governador Cássio, posto que há ações do Governo do Estado por lá, precisa se estender mais e sempre para atingirmos novo estágio de preservação, visto estar a exigir muito até chegar a plenitude de nosso zelo por nossa memória.

Na verdade, esta é uma luta antiga forjada por muitos atores e decisões importantes como o início da restauração de parte de nosso patrimônio a partir do Governo Burity, assim como foi tirar o posto de gasolina da Praça Antenor Navarro, o fim do Lixão do Róger na gestão Cícero Lucena até chegar à fase de ocupação de habitação e negócios por parte do prefeito Ricardo Coutinho.

Se é assim, eu mesmo confio muito na dedicação de Ricardo, enfim na reurbanização do Porto do Capim, assim como na ocupação (quem sabe um dia!) da área da Fábrica Matarazzo, enfim, de muitas ações que lembram a fase famosa: a luta continua!

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