Regras eleitorais travam debate

RECIFE – Os primeiros dias das eleições municipais 2008 já servem para atestar uma série de fatores produzida em face do alto rigor imposto de forma inusitada diante da máxima abrangência de métodos adotados pela Justiça Eleitoral. Tanto faz ser na Capital como nos demais colégios eleitorais, os candidatos estão na mira como jamais se viu ao longo dos processos eleitorais.

O cerco aos delitos anda com clareza – e isso é extremamente positivo – na proporção inversa quando se trata das normas inibindo o debate, condição essa que acaba favorecendo aos candidatos de situação porque as regras impedem o ataque e contra-ataque.

Antes de chegar a esse componente inibidor, impressiona as varias estratégias produzidas pela Justiça ampliando o rigor na aplicação dos recursos de campanha em todos os níveis e, sobretudo, na estruturação de campanha.

Um exemplo: este ano o candidato que quiser afixar seu nome num muro qualquer precisará indicar com clareza a autorização do proprietário do espaço como até indicativos pessoais de quem vai fazer produzir a pintura e a referência à coligação do candidato.

Detalhes à parte, o fato é que a conduta e a estrutura montada este ano pela Justiça Eleitoral têm concretamente inibido o uso do caixa 2 de forma nunca visto, porque o cerco também está se dando no âmbito fiscal alargando o acompanhamento dos movimentos de caixa dos candidatos, que terão a obrigação de fazer duas prestações de conta ao longo da campanha, inclusive na internet.

Neste aspecto, não deixa de ser um atestado de qualificação do processo eleitoral.

Agora, quando os veículos de comunicação se vêem tolhidos de apresentar informações criticas ou favoráveis dos candidatos, isso termina por atrofiar o processo de debates e, pior ainda, acaba por favorecer quem está em exercício do poder – especialmente quando se tratar de prefeito mal avaliado pela população.

No mais, é admitir avanços, sim, na forma de tratar a disputa sucessória em 2008.

Em maus lençóis

O deputado estadual Fabiano Lucena e o vereador João Almeida mesmo que digam o contrário, estão muito encrencados podendo incorrer em perda de mandato diante das provas consubstanciadas apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral (leia-se José Guilherme Ferraz) e apresentadas nesta sexta-feira.

São diálogos fortes e com pouca contestação diante deles.

Volto a repetir: apesar de tudo, há um novo processo de qualificação dos embates eleitorais no país.

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“O povo foge da ignorância/
apesar de viver tão perto dela…”

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